terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Em novembro foi assim...

No dia 11 de novembro ministrei a oficina do TP 6 Unidade 22 cujo objetivo foi refletir sobre os tipos de argumentação e identificar estratégias relacionadas ao planejamento de escrita de textos. Inicialmente as cursistas fizeram os relatos de experiências, que é o momento onde percebemos se, efetivamente, estamos conseguindo o resultado esperado pelo programa. Pelos comentários das cursistas, mesmo com as dificuldades durante o percurso, está acontecendo uma mudança no aprendizado e interesse dos alunos, através das novas posturas adotadas por elas desde que iniciaram o programa.
Logo após houve uma sensibilização com um vídeo “Espermatozóides”, comentamos brevemente fazendo referência ao tema da oficina. Fizemos uma análise a partir de imagens de lugares, onde as cursistas foram incentivadas a comentarem o que as imagens lhes sugeriam, quais as lembranças foram despertadas, qual imagem mais lhe agradou, para que a partir daí, construíssem um texto publicitário. Discutimos o texto de referência, ao passo que sistematizei os conteúdos trabalhados até aquele momento, utilizando slides para fundamentar a discussão, e para encaminharmos para uma outra atividade de produção textual, onde as cursistas elaboraram textos a partir da imagem de uma casa (inclusive a planta), texto este partindo da visão de um corretor de imóveis, de uma dona de casa, de um noivo, de um arquiteto e de um ladrão. Obviamente cada pessoa tem um objetivo diferente, o que foi observado pelos grupos nos textos produzidos.
Cada grupo apresentou o seu texto em plenária, comentando sobre as estratégias de planejamento da escrita do mesmo. Mobilizei para a próxima oficina através de um texto chamado “Declaração de amizade” e por fim os cursistas avaliaram a oficina.
Dia 18/11 foi a vez da oficina de variação linguística, a qual foi iniciada com uma atividade bem interessante e que envolveu a todas as cursistas: “Ditados na Academia Brasileira de Letras”. As cursistas, além de terem achado a atividade muito interessante, divertiram-se bastante. Utilizei uma frase em internetês e uma frase do texto “Declaração de amizade”, com a finalidade de levá-las a refletirem sobre questões acerca do nosso entendimento dos enunciados, dos contextos em que foram produzidos, das situações em que elas são utilizadas. A partir daí formamos grupos com a intenção de discutir sobre uma determinada situação, vista pelo ponto de vista de pessoas bem diferentes: uma mãe, uma criança, uma linguista, um professor e uma advogada. Os grupos socializaram seus trabalhos, ao passo que os mobilizei para a leitura do texto de referência, enfocando que falamos de diferentes formas, de que maneiras acontecem essas variações, que fatores são responsáveis por elas.
Após a leitura do texto de referência, sistematizei o que tínhamos discutido até aquele momento, a partir das classificações de variações apresentadas pelos grupos, fazendo um comparativo com a classificação apresentada pelo autor Dino Preti. A avaliação da oficina foi feita utilizando-se algumas variações (regionais, etárias, sociais).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só pra ler...

“Nem só de poesia vive o poeta”
Solano Trindade

Nem só de poesia vive o poeta
há o "fim do mês"
o agasalho
a farmácia
a pinga
o tempo ruim, com chuva
alguém nos olhando
Policialescamente
De vez em quando
Um pouco de poesia
Uma conta atrasada
Um cobrador exigente
Um trabalho mal pago
Uma fome
Um discurso à moda Ruy
E às vezes uma mulher fazendo carinho
Hoje a lua não é mais dos poetas
Hoje a lua é dos astronautas

Continuando nosso trabalho.





No dia 01/10 ministrei a oficina do TP 4 unidade 14, com o objetivo de aprofundar e sistematizar reflexões sobre letramento, através de vivências de situações de leitura e escrita. Iniciei a oficina com a leitura e apresentação em slide do poema “É preciso ler”, a partir do qual os cursistas se posicionaram, falando de suas impressões sobre o poema. Concomitante a este momento, entreguei-lhes um diário de bordo, dizendo que registrassem suas impressões, seu aprendizado e pontos marcantes da oficina. Depois desse momento inicial, tivemos o momento do relato do “avançando na prática”, que é sempre um espaço rico, pois os cursistas falam das suas experiências anteriores e agora com o GESTAR II, e de como foi diferente a aplicação de um determinado conteúdo enfocando os conhecimentos prévios dos alunos, discussões em grupo, ludicidade etc.
A seguir, assistimos ao clipe “Meu caro amigo” de Chico Buarque. A música foi usada como provocação para a discussão a respeito da proposta de letramento. Para isso, lancei perguntas tais como: que situações comunicativas se apresentam nos versos dessa canção? em que contexto a canção foi produzida? que relação podemos estabelecer entre a letra da música e a proposta de letramento? Após a formação de grupos, vivenciamos situações sócio-comunicativas, às quais orientei aos cursistas para que salientassem na atividade a competência ou dificuldade de competência leitora. Feito isso, cada grupo falou brevemente sobre a atividade com considerações oriundas da perspectiva do letramento. Lemos também o texto de referência, e neste momento ratifiquei a importância da leitura prévia do mesmo, fizemos um passeio pelos “avançando na prática” do TP, lemos o poema de Drummond “Cidadezinha qualquer” e foi pedido que cada grupo planejasse a exploração do poema de forma que contemplasse as quatro séries do Fundamental II. Sistematizei o trabalho comentando sobre as diversas situações de letramento a que estamos submetidos durante todo o tempo e procurei levar os cursistas a refletirem sobre como a escola se comporta diante da proposta de letramento.
Encerrei a oficina com slides fazendo associação com a construção do portfólio, solicitando aos cursistas que terminassem o diário de bordo, convidando para a leitura do mesmo, se assim desejassem.
No dia 07/10 iniciei a oficina de portfólio entregando aos cursistas uma mensagem de Alexander Graham Bell, fizemos a dinâmica da flor, ouvimos a música “Tocando em frente”, e a partir dela perguntei: que ideias/sentimentos a música lhe sugere? a que versos você relacionaria as palavras descoberta, construção, criticidade, reflexão, desafio, experiência, aprendizagem, dinamismo? (essas palavras estavam coladas no quadro). Os cursistas participaram expondo seus pontos de vista, então interliguei este momento com uma tempestade de ideias, a partir do questionamento sobre o que é um portfólio. Essas ideias foram registradas para posterior exploração durante a sistematização. Lemos o texto “O que é um portfólio” e apresentei os elementos que compõem o portfólio do GESTAR, comentando cada um deles. Foram formados grupos, e cada um ficou responsável pela elaboração de um portfólio das oficinas vivenciadas até o momento (para tal atividade levei os materiais utilizados nas referidas oficinas).
Cada grupo apresentou o resultado do seu trabalho (em forma de painel), ao passo que procurei apresentar os critérios de avaliação do portfólio, esclarecendo cada item e relacionando-os com as partes que compõem o mesmo. Logo após essa atividade, recebi os anteprojetos dos cursistas e pedi que socializassem com os demais as temáticas e problemáticas abordadas em seus referidos projetos.
Como avaliação, os cursistas eleboraram um relato crítico (como os que fazem nos relatos do avançando na prática).
No dia 21/10 ministrei a oficina do TP 5 unidade 18 com o objetivo de compreender a noção de estilo e como se constrói a coerência nos textos.
Exibi a mensagem “Palavras” em slides como forma de acolhimento e logo em seguida fizemos uma atividade de estilo e coerência intitulada “Porque o frango atravessou a estrada?” Foi uma atividade muito interessante e prazerosa e os cursistas participaram ativamente. O mesmo aconteceu no momento seguinte, quando distribuí fragmentos de músicas para formação de grupos. Eles cantaram, discutimos sobre os estilos musicais de seus compositores e intérpretes. Lemos o texto de referência e cada grupo sintetizou a idéia de um trecho do texto. Analisamos coletivamente uma atividade do TP na página 77 e os cursistas, ainda em grupo, ficaram responsáveis por analisar um “avançando na prática” observando objetivo, conteúdo, adequação de série, tópicos e descritores contemplados.
Após as apresentações dos grupos, retomei todas as discussões ocorridas ao longo da oficina, a fim de sistematizar os conteúdos abordados, apoiando-me em slides com trechos de Ingedore Koch e de “resumindos” retirados do TP. A mobilização para a próxima oficina foi feita através da técnica concordo-discordo, a partir da frase “O homem é o cabeça da família”. A oficina foi avaliada com a escolha de uma palavra (pelo cursista), que expressasse sua opinião sobre a mesma, seguida de uma breve justificativa.




Mais oficinas...




No dia 20/08, no turno matutino, ministrei a oficina de projeto. Esta oficina era muito esperada por todos os cursistas, pois queriam esclarecer dúvidas com relação ao projeto que é uma das demandas do Programa GESTAR.
Iniciei a oficina com a leitura do poema Renova-te de Cecília Meireles, convidando-os a uma reflexão. Foi um momento muito rico, pois a partir dele discutiu-se posturas, identificações, estranhamentos... Depois desse momento fiz a dinâmica intitulada “A viagem”, onde os cursistas foram convidados a listar cinco sonhos, mas ao longo da viagem teriam que se desfazer de alguns, chegando a seu destino apenas com um. Procurei, durante a dinâmica, mediar com questões que os levassem a estabelecer prioridades, organizar etapas, possível realização do sonho, tentando dessa forma, contemplar, de maneira ainda sutil, as etapas de elaboração de um projeto. Os cursistas participaram, mas no início houve dificuldade em elencar os sonhos. Disseram não estar sonhando muito ultimamente.
Depois desse momento, formaram-se grupos e distribuí o texto “Etapas de um projeto” do livro Pedagogia de Projetos de Nilbo Nogueira. Os grupos leram o texto, que foi dividido por tópicos, e apresentaram suas impressões em plenária, aliando sempre com exemplos de experiências, exitosas ou não, vivenciadas por eles em trabalhos com projetos. Ao final das apresentações fiz uma sistematização embasada também por outros autores como Miguel Arroyo, Nilson Machado, Celso Antunes, enfatizando os objetivos da pedagogia de projetos. Logo após os cursistas foram convidados a elaborar um quadro, a ser apresentado à turma, com os seguintes tópicos: problemáticas, temáticas e ações, como um exercício de identificação de possíveis temas a serem trabalhados, e também como forma de esclarecer um pouco mais esses tópicos. Houve um pouco de dificuldade inicialmente, mas com exemplos e as discussões em plenária, acredito que o objetivo foi alcançado. Ao final eles fizeram a avaliação da oficina, que foi positiva, na opinião da maioria, mas fazendo ressalvas à aplicação de projetos de acordo com a realidade da escola, o que foi ratificado por mim.
No dia 03/09, no turno matutino, dei início à oficina pertencente ao componente curricular Língua Portuguesa. A oficina faz parte do TP3 Gêneros Textuais, que foi escolhido para esse início, dado a importância do trabalho com gêneros no âmbito escolar, visto que um dos principais objetivos no trabalho com língua materna é evidenciar a sua função social, e nisso o trabalho com gêneros é primordial.
Entreguei o poema “Classificados” de Roseana Murray a título de sensibilização. A sala estava arrumada com gêneros textuais diversos retirados de jornais, revistas e outros suportes (classificados, editorial, cartas do leitor, resultados de loterias, notas de falecimento, tiras, propagandas, resumo de novelas etc.), os cursistas passearam pela sala, lendo e comentando sobre o material. Procurei conduzir a atividade de forma dinâmica e interativa, orientando os cursistas a observarem nos textos identificados: conteúdo, composição (forma), intencionalidade e suporte. Logo depois formamos grupos para a leitura e discussão do texto de referência do TP “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” e a partir dele respondemos algumas questões propostas no referido material. Vale ressaltar que a leitura desse texto foi solicitada previamente, mas nem todos a fizeram, e assim as discussões não foram tão densas, já que muitos se apropriaram da leitura no momento da oficina. Outra atividade em grupo foi a análise de três atividades do AAA e de três atividades do TP. Foi um momento importante, pois além de um aprofundamento maior do conteúdo proposto pela oficina, serviu também para que os cursistas se familiarizassem com o material riquíssimo que têm em mãos.
Sistematizei os conteúdos trabalhados na oficina a partir da apresentação do quadro sinóptico textual, baseado em Marcuschi e alguns “resumindo” retirados do TP, fazendo um trabalho interativo com os cursistas, discutindo aspectos quanto ao tipo e ao gênero textual. Ao final fizeram a avaliação da oficina, na qual foram utilizados gêneros textuais: poema, receita, classificados, bilhetes.. Achei esta uma oficina muito produtiva e prazerosa.
No dia 17/09 ministrei a oficina de Avaliação. Já na oficina anterior, onde sempre fazemos a “chamada” para a próxima oficina, os cursistas questionaram o porquê desse tema. Respondi que precisamos conhecer mais sobre competências, habilidades, componente curricular, de que forma entendemos avaliação, como nos posicionamos diante dela, seja na escola (com o nosso trabalho) ou em relação às avaliações externas, entre outras coisas.

Comecei a oficina entregando aos cursistas o poema “Receita de Olhar” de Roseana Murray, provocando-os a falarem sobre o olhar que eles levaram para a oficina, questionando-os também sobre os seus olhares a respeito da concepção de currículo. A partir daí apresentei em power point as ideias defendidas pela SEC, sobre concepção de currículo e avaliação, procurando deixar claro que não se pode falar em avaliação sem conceber o currículo. A partir daí solicitei aos cursistas que fizessem desenhos sobre como eles concebiam a avaliação. Eles fizeram comentários, falando dos seus conhecimentos e equívocos acerca do tema. Depois exibi os slides sobre a análise de itens contendo alguns exemplos de questões da prova Brasil e o ENEM e as Matrizes de Referência de Língua Portuguesa e Matemática. Cada grupo analisou duas questões, sendo que uma relativa à 4ª série/5º ano e outra à 8ª série/9º ano e outro grupo analisou duas questões do Ensino Médio.
Cada grupo apresentou as respostas das questões, que foram analisadas a partir da matriz de referência da disciplina com seus descritores e também respondendo ao questionamento se trabalham os descritores em sala de aula, de que forma e com qual freqüência. Sistematizei a atividade e fizemos uma reflexão sobre a maneira que estamos trabalhando para melhorar a educação no país. A oficina foi avaliada colocando em foco também o desenvolvimento do formador.




Nossa primeira oficina









Este relatório é referente às ações ocorridas na primeira oficina do Programa GESTAR/Bahia no ano de 2009. Essa oficina aconteceu no dia 30/07 e foi intitulada de Introdutória, pois ela teve como objetivo apresentar o Programa aos cursistas, dando-lhes ciência dos seus direitos e deveres, bem como de toda a estrutura do Programa, através da leitura do Guia Geral.
Estiveram presentes nesse primeiro encontro do dia 30/07, no turno matutino 19 professores de Língua Portuguesa. Tais professores estavam cheios de expectativas para a formação, visto que houve um atraso significativo para o início desta.
Os cursistas foram recebidos com uma mensagem de Fernando Pessoa que fala sobre travessia e mudanças, que é um dos diferenciais do Programa GESTAR II. Após algumas reflexões, apresentei o Programa, destacando sua estrutura, seus pilares, os seus objetivos e suas principais ações, além de distribuir o Kit com o material completo fornecido pelo MEC. Após esse momento foram formados grupos de estudo, onde cada um teve como foco a leitura de um trecho do Guia Geral.
Cada grupo de estudo socializou as suas impressões acerca da leitura inicial do Guia Geral, sendo esse momento mediado por mim, que fechei as apresentações salientando a grande importância do conhecimento da estrutura pedagógica do Programa GESTAR II por parte do professor cursista, bem como do cumprimento dos seus deveres (principalmente das atividades não presenciais) para uma efetiva formação continuada em serviço e como requisito necessário a obtenção do certificado com carga horária total.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vídeo Gestar(ação)

Tudo é transformação e recomeço...


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Memorial de Leitura



Fazer um memorial de leitura, trazer à tona lembranças do período de alfabetização... Nunca havia pensado nisso. Nasci numa família simples, vinda do campo. Meus bisavós, avós e pais, nasceram e cresceram no campo, aqui nós chamamos de roça. Sempre trabalharam no cultivo da terra. Frequentavam a escola que tinha no povoado, isso a partir da geração de meus avós.
Porém na escola só funcionavam turmas até à 4ª série. Depois disso, se quisessem continuar os estudos, teria que ser na cidade mais próxima, o que para eles, era muito difícil. Então meus pais só estudaram até a 4ª série. Mas a minha avó materna sempre teve uma visão de que os estudos eram importantes, e por isso quando teve oportunidade, mandou dois filhos para a “cidade grande”, para que pudessem ter um “diploma” ( segundo minha mãe, era assim que ela falava). Contudo, minha mãe não foi um desses dois filhos. Continuou responsável pelos afazeres domésticos, o que faz até hoje de uma maneira excepcional, e, o que é mais importante, não se sentindo diminuída por não ter tido a mesma oportunidade.
Quando meus pais se casaram, a minha mãe decidiu morar na cidade, no caso Alagoinhas-BA, pois meu pai já trabalhava numa empresa, o que dava condições de tomarem essa decisão. Ela queria que os seus filhos tivessem a oportunidade que eles nunca tiveram. Sendo assim, entrei na escola com três anos de idade. Sempre frequentei escola particular, tendo todo material que era solicitado pela escola, participava de todos os eventos e minha mãe sempre comprava livros de histórias infantis. Lembro que tínhamos a coleção de Monteiro Lobato e dos contos dos irmãos Grimm, porém não tenho nenhuma lembrança de minha mãe me contando histórias. Meu interesse pelos livros se deu no contato que tinha com eles na escola e posteriormente em casa, por ter como manuseá-los.
Gosto realmente da leitura, e tenho certeza que há uma carga genética nesse interesse. Porque a minha avó materna, apesar de só ter estudado até à 4ª série, gostava muito de ler, tinha um vocabulário vasto e, além de tudo, gostava de escrever pequenos poemas. Lembro da sua ajuda imprescindível numa tarefa da 5ª série, onde eu teria que fazer um poema para homenagear o colégio onde estudava, por ocasião do seu aniversário. Eu nunca fui boa nisso. Fiz uns versinhos simples, sem muita criatividade e mostrei a ela. Ela fez uns acertos e terminou com uns versos que diziam mais ou menos assim:
(...) faço aqui e agora
A minha trova brejeira
Da aluna que te adora
Ivana Carla Oliveira.
O poema foi escolhido como o melhor das quatro turmas de quinta série do colégio, e eu o apresentei no auditório junto com os outros alunos premiados de outras séries. Para mim foi uma felicidade. E devo isso a ela.
Antes do meu contato com os clássicos da literatura, dos quais amei alguns e detestei outros, fiz uma leitura intensa dos romances da série Júlia, Sabrina e Bianca e dos livros de Sidney Sheldon, o que me rendeu muitas broncas por parte da minha mãe. Tive uma queda nas notas da escola, pois deixava de estudar para ler os romances, porém tudo tem seu lado positivo, pois lia o que caía nas mãos. Então também me apaixonei pelas crônicas de Rubem Fonseca (Coleção Para Gostar de Ler), a Série Vaga-lume, Polyanna, O Diário de Anne Frank, entre outros.
A graduação foi o período em que amadureci mais as leituras, pois havia um repertório mais diverso e instigante, e era uma leitura que tinha com quem trocar impressões, o que eu considero muito importante para o nosso crescimento pessoal. Devo muito do que sou hoje como pessoa, professora e leitora, a minha avó, minha mãe, meu pai (sempre um incentivador e contador de “casos”), a minha professora da terceira série Magaça e ao meu professor da graduação e pós-graduação Osmar Moreira.
Hoje continuo uma leitora apaixonada, ávida, às vezes preguiçosa (afinal sou humana!) e, principalmente não preconceituosa, com o desejo de tornar minhas filhas e meus alunos leitores apaixonados.

Primeiro Encontro Gestar –BA/UnB



Na semana de 02 a 06 de março de 2009, tivemos o primeiro contato com os professores da UnB, em especial com a professora Isabel, nossa formadora.
Foi um encontro muito aguardado, principalmente por mim, que estava retornando ao programa depois de um período de dois anos afastada. O primeiro dia foi marcado pelas surpresas e dúvidas, pois a nossa formadora não sabia que a nossa turma era composta por professores que atuavam há cinco anos no programa. Então houve um momento de questionamentos, tensões, insatisfações, que foram resolvidos com muita conversa e sensatez, pois sempre há o que aprender e renovar. Para mim os momentos de discussão foram importantíssimos, muito úteis para o meu reencontro com o Gestar.
Diante de tantas discussões e opiniões ( o santinho sendo suporte ou não!) mostra que estamos cheios de vontade de aprender, de trocar, de crescer. Só nos resta então lucubrar , mesmo que inconclusamente, o que é ótimo, pois sempre teremos motivos para continuar buscando.