segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mais oficinas...




No dia 20/08, no turno matutino, ministrei a oficina de projeto. Esta oficina era muito esperada por todos os cursistas, pois queriam esclarecer dúvidas com relação ao projeto que é uma das demandas do Programa GESTAR.
Iniciei a oficina com a leitura do poema Renova-te de Cecília Meireles, convidando-os a uma reflexão. Foi um momento muito rico, pois a partir dele discutiu-se posturas, identificações, estranhamentos... Depois desse momento fiz a dinâmica intitulada “A viagem”, onde os cursistas foram convidados a listar cinco sonhos, mas ao longo da viagem teriam que se desfazer de alguns, chegando a seu destino apenas com um. Procurei, durante a dinâmica, mediar com questões que os levassem a estabelecer prioridades, organizar etapas, possível realização do sonho, tentando dessa forma, contemplar, de maneira ainda sutil, as etapas de elaboração de um projeto. Os cursistas participaram, mas no início houve dificuldade em elencar os sonhos. Disseram não estar sonhando muito ultimamente.
Depois desse momento, formaram-se grupos e distribuí o texto “Etapas de um projeto” do livro Pedagogia de Projetos de Nilbo Nogueira. Os grupos leram o texto, que foi dividido por tópicos, e apresentaram suas impressões em plenária, aliando sempre com exemplos de experiências, exitosas ou não, vivenciadas por eles em trabalhos com projetos. Ao final das apresentações fiz uma sistematização embasada também por outros autores como Miguel Arroyo, Nilson Machado, Celso Antunes, enfatizando os objetivos da pedagogia de projetos. Logo após os cursistas foram convidados a elaborar um quadro, a ser apresentado à turma, com os seguintes tópicos: problemáticas, temáticas e ações, como um exercício de identificação de possíveis temas a serem trabalhados, e também como forma de esclarecer um pouco mais esses tópicos. Houve um pouco de dificuldade inicialmente, mas com exemplos e as discussões em plenária, acredito que o objetivo foi alcançado. Ao final eles fizeram a avaliação da oficina, que foi positiva, na opinião da maioria, mas fazendo ressalvas à aplicação de projetos de acordo com a realidade da escola, o que foi ratificado por mim.
No dia 03/09, no turno matutino, dei início à oficina pertencente ao componente curricular Língua Portuguesa. A oficina faz parte do TP3 Gêneros Textuais, que foi escolhido para esse início, dado a importância do trabalho com gêneros no âmbito escolar, visto que um dos principais objetivos no trabalho com língua materna é evidenciar a sua função social, e nisso o trabalho com gêneros é primordial.
Entreguei o poema “Classificados” de Roseana Murray a título de sensibilização. A sala estava arrumada com gêneros textuais diversos retirados de jornais, revistas e outros suportes (classificados, editorial, cartas do leitor, resultados de loterias, notas de falecimento, tiras, propagandas, resumo de novelas etc.), os cursistas passearam pela sala, lendo e comentando sobre o material. Procurei conduzir a atividade de forma dinâmica e interativa, orientando os cursistas a observarem nos textos identificados: conteúdo, composição (forma), intencionalidade e suporte. Logo depois formamos grupos para a leitura e discussão do texto de referência do TP “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” e a partir dele respondemos algumas questões propostas no referido material. Vale ressaltar que a leitura desse texto foi solicitada previamente, mas nem todos a fizeram, e assim as discussões não foram tão densas, já que muitos se apropriaram da leitura no momento da oficina. Outra atividade em grupo foi a análise de três atividades do AAA e de três atividades do TP. Foi um momento importante, pois além de um aprofundamento maior do conteúdo proposto pela oficina, serviu também para que os cursistas se familiarizassem com o material riquíssimo que têm em mãos.
Sistematizei os conteúdos trabalhados na oficina a partir da apresentação do quadro sinóptico textual, baseado em Marcuschi e alguns “resumindo” retirados do TP, fazendo um trabalho interativo com os cursistas, discutindo aspectos quanto ao tipo e ao gênero textual. Ao final fizeram a avaliação da oficina, na qual foram utilizados gêneros textuais: poema, receita, classificados, bilhetes.. Achei esta uma oficina muito produtiva e prazerosa.
No dia 17/09 ministrei a oficina de Avaliação. Já na oficina anterior, onde sempre fazemos a “chamada” para a próxima oficina, os cursistas questionaram o porquê desse tema. Respondi que precisamos conhecer mais sobre competências, habilidades, componente curricular, de que forma entendemos avaliação, como nos posicionamos diante dela, seja na escola (com o nosso trabalho) ou em relação às avaliações externas, entre outras coisas.

Comecei a oficina entregando aos cursistas o poema “Receita de Olhar” de Roseana Murray, provocando-os a falarem sobre o olhar que eles levaram para a oficina, questionando-os também sobre os seus olhares a respeito da concepção de currículo. A partir daí apresentei em power point as ideias defendidas pela SEC, sobre concepção de currículo e avaliação, procurando deixar claro que não se pode falar em avaliação sem conceber o currículo. A partir daí solicitei aos cursistas que fizessem desenhos sobre como eles concebiam a avaliação. Eles fizeram comentários, falando dos seus conhecimentos e equívocos acerca do tema. Depois exibi os slides sobre a análise de itens contendo alguns exemplos de questões da prova Brasil e o ENEM e as Matrizes de Referência de Língua Portuguesa e Matemática. Cada grupo analisou duas questões, sendo que uma relativa à 4ª série/5º ano e outra à 8ª série/9º ano e outro grupo analisou duas questões do Ensino Médio.
Cada grupo apresentou as respostas das questões, que foram analisadas a partir da matriz de referência da disciplina com seus descritores e também respondendo ao questionamento se trabalham os descritores em sala de aula, de que forma e com qual freqüência. Sistematizei a atividade e fizemos uma reflexão sobre a maneira que estamos trabalhando para melhorar a educação no país. A oficina foi avaliada colocando em foco também o desenvolvimento do formador.




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